O presidente Nacional do PMDB, Michel Temer, e o líder do partido na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), aguardam o chamado do Palácio do Planalto para definir quem será o novo ministro peemedebista da Agricultura. O nome do deputado Reinhold Stephanes era dado como certo até ontem, mas nas últimas 24 horas surgiram dois movimentos contra a sua nomeação. O primeiro é da bancada ruralista, que não o identifica como um nome do setor. O outro movimento surgiu dentro da própria bancada do PMDB.
O levante foi provocado a partir da avaliação do perfil de Stephanes. Além de novo no PMDB (ele se filiou em 2002), o deputado é definido como sisudo, fechado e sem facilidade para a articulação com a bancada. Setores específicos da bancada articulam uma reação ao nome de Stephanes, alegando que os outras sugestões dadas ao presidente têm mais ligação com a bancada do partido.
A expectativa do partido é de que o encontro de Temer com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ocorra durante a tarde. A lista de candidatos para o ministério da Agricultura entregue pelo PMDB a Lula incluía também os deputados Waldemir Moka (MS), que sofre restrições do petistas, e Valdir Colatto (SC). Ambos são ligados à bancada ruralista, que não esconde sua preferência por Moka. A Confederação Nacional da Agricultura e a Organização das Cooperativas do Brasil também já se manifestaram favoravelmente a Moka.
