Com a queda-de-braço pela liderança do PMDB na Câmara, o partido passou a ser hoje pela manhã a maior bancada, superando o PT.
Com a filiação dos deputados Ronivon Santiago (AC), que deixou o PP, e Almir Moura (RJ), que era do PL, e mais a posse da suplente Thaís Barbosa (MT), o PMDB passa a ter uma bancada de 93 parlamentares.
O PT tem 91 parlamentares, com a filiação, ontem (15), do deputado Miro Teixeira (RJ). Apesar de ser a maior bancada da Casa, o PMDB não terá espaço maior que o PT na distribuição dos cargos para as comissões técnicas.
Para a indicação dos presidentes das comissões, a data-limite de filiação foi segunda-feira. A briga, contudo é pela liderança do PMDB na Câmara.
A ala oposicionista formalizou ontem a indicação do deputado Saraiva Felipe (MG), com o objetivo de destituir o líder José Borba (PR), por meio de uma lista de apoio de 47 deputados.
Mas hoje, a ala governista começou o contra-ataque em duas frentes: a filiação de deputados para aumentar, quantitativamente, o grupo e a pressão para que deputados que assinaram a lista de Felipe retirem os nomes, tornando inviável a maioria para que ele seja formalizado.
A oficialização de Felipe ocorrerá somente com a publicação do ofício no "Diário do Congresso". Segundo os governistas, eles teriam conseguido a retirada de seis das 47 adesões.
O deputado Lino Rossi (PP-MT), no domingo, filiou-se ao PMDB. Ficou 24 horas na agremiação, retornou ao PP e agora se licenciou para que a suplente Thaís Barbosa (PMDB-MT) assumisse o mandato. O grupo oposicionista, liderado pelo secretário de Governo e Coordenação do Estado do Rio, Anthony Garotinho, por sua vez, filiou o deputado Almir Moura (RJ), que era do PL, para engrossar o bloco.