O prefeito de Mariana, Celso Cota Neto (PMDB), informou em nota à imprensa que ainda aguarda a notificação da executiva estadual do partido, que decidiu pela sua expulsão devido ao apoio dado ao candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin. O presidente da executiva estadual do PMDB, Saraiva Felipe, aponta que a participação de Cota na campanha tucana é uma clara manifestação de "infidelidade partidária", já que a legenda decidiu pelo apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições.
Ele reforçou ainda que a aliança com os petistas foi consolidada desde o primeiro turno em torno das candidaturas do ex-ministro Nilmário Miranda (PT) e Zaire Resende (PMDB) ao governo do Estado e Newton Cardoso (PMDB) como candidato ao Senado. "Os 142 prefeitos do PMDB no Estado fecharam aliança com o PT desde o primeiro turno. A única voz que resolveu desafiar o partido foi o prefeito de Mariana", alega.
Cota, que também é presidente da Associação Mineira dos Municípios (AMM), disse na nota que pretende recorrer da decisão "embasado nos princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório, visto que a decisão teve um caráter unilateral". A executiva estadual encaminhou o pedido ao Conselho de Ética do PMDB, que ficará responsável pela notificação ao prefeito e lhe concederá um prazo de oito dias úteis para defesa.
O prefeito de Mariana esteve ontem em reunião promovida pelo governador reeleito de Minas, Aécio Neves (PSDB), da qual participaram cerca de 100 lideranças políticas do Estado, no Palácio das Mangabeiras, para receber Geraldo Alckmin. O tucano fez campanha em Belo Horizonte.