Brasília – O deputado Marcelo Castro (PMDB-PI) foi eleito presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Apagão Aéreo. Ele venceu, por 16 votos a oito, Vanderlei Macris (PSDB-SP). O PMDB ficou também com a vice-presidência da CPI, conquistada por Eduardo Cunha (RJ) com 15 votos contra nove, do deputado Vic Pires Franco (DEM-PA).
Marco Maia (PT-RS) foi indicado pelo presidente da CPI como relator. A eleição do segundo e terceiro vice presidentes da CPI vai acontecer na próxima reunião da Comissão, ainda sem data marcada.
Pelo regimento da Casa, o PMDB tinha o direito à presidência da CPI, por ter a maior bancada. Mas os partidos de oposição ao governo federal indicaram Vanderlei Macris (PSDB-SP) para o cargo. Ao defender a sua candidatura, Macris disse que seu objetivo como presidente da CPI seria investigar com clareza toda a crise que envolve o setor aéreo nacional.
Já o peemedebista Castro afirmou, em defesa de sua candidatura, que não haveria ?essa história de chapa-branca? na CPI. ?Trabalho sério, transparência, honestidade e equilíbrio é o caminho adotado pela CPI para analisar as cusas do chamado apagão aéreo?, disse Castro.
Até ontem (2), os dois maiores partidos do Congresso Nacional e da base de apoio ao governo federal, PMDB e PT tinham uma ?pequena divergência? sobre o comando da CPI do Apagão Aéreo, afirma o líder do governo na Câmara, José Múcio (PTB-PE). ?Estamos com 99% do caminho andado para que isso se concretize [a escolha de um presidente do PT]?, havia afirmado ontem o vice-líder do governo Henrique Fontana (PT-RS). Uma reunião, na noite de ontem, fechou o novo acordo entre PT e PMDB.