O Diretório Estadual do PMDB do Paraná decidiu hoje, em Curitiba, apoiar a proposta da presidência nacional do partido de afastar-se do governo federal declarar independência e preparar uma candidatura própria para 2006.

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O presidente nacional da legenda, deputado Michel Temer (SP), que esteve em Curitiba, calcula que essa proposta tem a adesão de pelo menos 430 dos 711 convencionais, que devem se reunir no dia 12, em Brasília. "Os Estados estão em sua maioria definidos para irem à convenção para preservar a idéia da candidatura própria e da saída do governo", acentuou.

Temer afirmo não acreditar que haja sucesso na articulação que os governistas da sigla, liderados pelo presidente do Congresso, senador José Sarney (PMDB-PA), fazem para desmontar o encontro. Os partidários do governo pretendem que sejam ouvidos os 1.058 prefeitos eleitos antes de os convencionais tomarem uma posição. Mas, apesar da posição do diretório da agremiação no Estado, alguns deputados estaduais, como Nereu Moura, não a apóiam. "Acho um erro o rompimento do PMDB com o PT", disse. Moura também afirmou que gostaria que o assunto fosse mais discutido. "Se ocorrer a convenção, vai haver um racha muito profundo no partido." O governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), também não quer um rompimento definitivo mas apenas que os integrantes do PMDB saiam.

Segundo Requião, desde o ex-presidente Fernando Collor de Mello, instalou-se no País uma "prática pobre, medíocre, em que um partido tem um ministério e é obrigado a votar em tudo o que o governo quer". "Nós queremos que os membros do PMDB abandonem os ministérios e os cargos para poderem votar com independência", disse. Para ele, a situação no Estado é diferente da federal. O PT faz parte do governo do Estado e Requião deu apoio ao ex-candidato a prefeito da capital paranaense Ângelo Vanhoni (PT). "Não obrigo ninguém a votar com o governo, contra a sua consciência", disse.

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