PMDB deve abrir mão de Conselho de Ética para outros partidos governistas

Brasília – O novo presidente do Conselho de Ética virá de um dos senadores que compõem o bloco governista, segundo o líder do PMDB, Valdir Raupp (RO). Ele afirma que o bloco (PT-PSB-PCdoB-PR-PTB) tem maioria no conselho e, por conta disso, deve ocupar a presidência. Com isso, o PMDB, maior bancada do Senado, abriria mão da vaga.

Caberá ao presidente do conselho conduzir a tramitação da representação apresentada pelo P-SOL para investigar as denúncias da revista Veja de que um funcionário da empreiteira Mendes Júnior pagava despesas pessoais do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

A líder do bloco governista, Ideli Salvati (PT-SC), não confirmou as informações de Raupp. Disse, apenas, que "existem negociações em andamento", mas a escolha do presidente do Conselho de Ética será feita só na reunião de amanhã. A convocação para esta reunião foi feita na semana passada, pelo Corregedor Geral, Romeu Tuma (DEM-SP), antes das denúncias apresentadas pela revista.

Ele também conduzirá a reunião, marcada para às 10 horas, que escolherá o novo presidente do Conselho de Ética. Caberá ao novo presidente decidir se colocará na pauta de amanhã a representação do P-SOL. Romeu Tuma afirmou que a conduta nas investigações sobre a procedência da representação é o presidente nomear um grupo de três senadores, de partidos diferentes, para apurar as denúncias e apresentar parecer aos demais colegas do conselho.

O líder do PSB, Renato Casagrande (ES), considerou correta a iniciativa do PMDB de abrir mão da disputa da presidência do conselho. Os peemedebistas têm maior representação na comissão uma vez que é a maior bancada no Senado. "Acho que seria ruim para o partido conduzir este processo (de investigações sobre a conduta de Renan Calheiros)", afirmou o socialista.

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