O presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer (SP), anunciou hoje, em São Paulo, que o partido descartou a realização de uma nova convenção para definir se deixa ou não a base governista.
De acordo com Temer, a legenda seguirá a determinação do Tribunal de Justiça (TJ) do Distrito Federal, onde o recurso contra o encontro do dia 12 é examinado, o que não deve acontecer antes de meados de fevereiro. Essa reunião de dezembro havia decidido que a sigla entregaria os cargos e deixaria a base de apoio ao governo. A reunião de hoje definiu que a agremiação realizará dois seminários nacionais para determinar um plano estratégico do PMDB, político e econômico, com vistas às eleições de 2006.
O primeiro encontro, preparatório, acontece em 2 de março, em Brasília, reunindo os 1.088 prefeitos. Em 16 de março, o partido realiza o congresso nacional, do qual quer extrair um documento programático com políticas para geração de emprego e redução da carga tributária, por exemplo.
"Prevalece no partido a idéia de candidatura própria para 2006", finalizou Temer. Ele reuniu-se com o presidente estadual da legenda e ex-governador de São Paulo, Orestes Quércia, e representantes dos Estados governados pela sigla.
O governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), foi o único dos seis governadores da agremiação a participar do encontro. Os outros mandaram representantes.