O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai jantar com 150 peemedebistas, entre governadores, ministros e parlamentares, na próxima quarta-feira. A primeira reunião formal com o maior partido da coalizão foi marcada ontem de manhã, menos de 48 horas depois de o presidente ter dito em um jantar com senadores petistas que não quer ficar refém do PMDB. Quem levou o convite foi o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que será o anfitrião do encontro. O prato principal do jantar será o preenchimento dos cargos de segundo escalão dos ministérios.
Além dos cinco ministros ligados ao PMDB (das Minas e Energia, Integração Nacional, Agricultura, Saúde e Comunicações), a lista de convidados inclui os sete governadores do partido (RJ, ES, PR SC, TO, AM e MS), os 27 presidentes dos diretórios estaduais, a bancada na Câmara, com 93 deputados, e os 20 senadores.
Na conversa de ontem, o presidente do Senado deixou claro a Lula que a segunda fase da montagem da coalizão, que inclui a partilha dos postos de segundo escalão entre os aliados, vai demandar muito mais conversa. Dirigentes do PMDB não escondem o temor de que o PT seja beneficiado nas disputas por cargos. A prioridade da cúpula peemedebista nessa negociação é tentar reaver espaços que já estavam com o partido e por razões eleitorais ou administrativas acabaram com o PT. Vários apadrinhados de petistas chegaram ao comando de alguns órgãos em caráter temporário, mas agora se movimentam para serem efetivados.
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