O PMDB já dá como certa a conquista da presidência da estatal Furnas Centrais Elétricas pelo ex-prefeito do Rio e ex-vice-governador Luiz Paulo Conde. Agora, antes mesmo da definição de cargos importantes de segundo escalão na Petrobrás e no Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs), o partido quer garantir também uma vice-presidência do Banco do Brasil para o ex-governador e ex-senador por Goiás Maguito Vilela.
A conquista de Furnas foi conseguida impondo uma derrota à ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, que queria um técnico ligado ao setor de energia na presidência da estatal. Luiz Paulo Conde é arquiteto e urbanista. Mesmo assim, Dilma não desistiu de conter o apetite dos partidos da base de apoio ao governo pelos cargos técnicos nas estatais. Ela vai tentar impor o máximo de cargos de sua confiança no comando da maior empresa do setor elétrico do País. Os nomes do novo presidente e dos diretores têm de ser definidos em duas semanas, para quando está prevista reunião do Conselho de Administração da estatal.
Conde conversou na quarta-feira passada com o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, mas o convite formal ainda não foi feito. Os peemedebistas, no entanto, já consideram o assunto ?presidência de Furnas? resolvido. No Banco do Brasil, o PMDB tenta garantir para Maguito Vilela a vice-presidência de Agronegócios. Ele tinha sido indicado para a presidência da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), mas o ministro José Gomes Temporão não aceitou, e rejeitou também o nome do ex-deputado José Priante (PA). No Dnocs, os peemedebistas preparam-se para uma disputa difícil com o PT, que não quer ceder a presidência ocupada por Eudoro Santana, indicado por petistas do Ceará.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo