PM responsabiliza MST por morte de policial em Pernambuco

A Polícia Militar de Pernambuco responsabilizou hoje agricultores do assentamento Bananeiras, ligado ao Movimento Nacional dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), em Quipapá, a 200 quilômetros do Recife, pela morte do soldado do serviço reservado da PM, Luiz Pereira da Silva, na noite do sábado. O soldado foi morto com três tiros, e o sargento Cícero Jacinto da Silva foi mantido como refém "sob tortura", no local, de acordo com a PM. O outro soldado da guarnição, Adílson Alves Aroeiras, conseguiu escapar a pé. Os três ocupavam um carro descaracterizado da PM que foi destruído a golpes de foice e incendiado pelos agricultores.

Os PMs perseguiam José Ricardo de Oliveira Rodrigues, acusado de liderar assaltos em estradas da região e de andar ostensivamente armado em Quipapá. Ele se escondeu no assentamento Bananeiras, onde agricultores impediram que o perseguido fosse preso e entraram em confronto com os policiais. De acordo com a PM, os agricultores também tomaram as armas e coletes à prova de bala dos policiais. No final da noite do sábado, o comandante do 10º Batalhão da PM, em Palmares, zona da mata sul, major Sillas Charamba, conseguiu negociar a liberação do sargento e a entrega das armas. Ele disse que os coletes foram destruídos.

Estão foragidos José Ricardo de Oliveira Rodrigues, seu irmão conhecido como Sérgio, e mais cerca de seis trabalhadores rurais que, de acordo o major Charamba, "participaram da atrocidade". O delegado de Quipapá, José Isolino Neto, ouviu os policiais e vai instaurar inquérito policial para investigar os crimes.

De acordo com o major Charamba, os líderes do assentamento Bananeiras podem ajudar – já que o líder do MST-PE, Jaime Amorim, disse repudiar o crime – indicando os envolvidos na ação criminosa, até agora não identificados. O soldado assassinado foi sepultado hoje.

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