PM fecha fabriqueta clandestina de palmito em área de preservação

A Polícia Militar fechou, na noite da última terça-feira, uma fabriqueta de industrialização clandestina de palmito. O local funcionava dentro do Parque Nacional Saint Hilaire, que fica no município de Paranaguá. Foram apreendidos 300 vidros de palmito já prontos para a revenda. Além do palmito, que já estava nos vidros e dentro de caixas, foram encontrados botijões de gás, facões, galões plásticos e de metal e centenas de tampas de vidros.

De acordo com o comandante do pelotão que fez a apreensão, a localização da fabriqueta foi possível a partir de uma denúncia anônima informando da extração do palmito. Após uma longa caminhada na mata, os policiais militares encontraram a barraca coberta com várias lonas, mas não encontraram os responsáveis pelo crime ambiental. "Vamos retornar ao local para buscar novas pistas. Mas já conseguimos identificar a pessoa que seria dona do produto", afirmou o tenente Durval Tavares Junior.

Ele explicou que a fabriqueta seria de Elias Pohlen, que foi notificado e deverá comparecer na sede da Polícia Florestal na Ilha do Mel para ser autuado criminal e administrativamente. Conforme o tenente Tavares, na esfera criminal o infrator será autuado primeiramente através de Termo Circunstanciado perante a Justiça Federal. "Isso porque a área pertence à União, ou seja, é um parque nacional. Por enquanto a multa que ele receberá será de R$ 10 mil devido ao depósito dos vidros industrializados", informou.

Os danos causados à unidade de conservação ambiental estão sendo estimados. O oficial da PM contou que foi possível visualizar cascas e restos do palmito cortado nas imediações da barraca. "Mas como era noite, vamos retornar ao local para novas diligências", explicou. O Batalhão de Polícia Florestal alerta que principalmente neste período de verão, a comercialização de palmito clandestino aumenta significativamente, mas as condições de higiene, produção e armazenamento são extremamente perigosas, sendo que a contaminação é real e o consumo de tais produtos pode até causar a morte.

Suspeita

Tavares lembrou que o que foi considerado estranho nesta apreensão é que as tampas avulsas tinham a inscrição litografada do Ibama. "Isso pode significar que o palmito esteja sendo industrializado clandestinamente, mas pode estar sendo vendido em estabelecimentos comerciais como sendo de origem de fábricas legalizadas", advertiu. A PM vai informar os fatos ao Ministério Público Federal. Toda denúncia de qualquer tipo de agressão ao meio ambiente pode ser feita através do telefone 0800 6430304. 

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