A Polícia Militar do Paraná desativou hoje, em Foz do Iguaçu, um artefato explosivo deixado entre uma barraca de pastéis e o muro da casa de um libanês, na região da Ponte da Amizade, que liga o Brasil ao Paraguai. A operação envolveu ainda a Polícia Federal, o Corpo de Bombeiros e a Guarda Municipal.
O artefato tinha pouco poder de destruição, mas poderia ferir quem o manipulasse. O major Marcos Teodoro Schereneta, que comandou a operação, descartou qualquer associação com um atentado terrorista.
?Trata-se de uma brincadeira de mau gosto?, disse o major. Ele destaca, no entanto, que o artefato foi montado por alguém que entende de explosivos. Nele havia uma granada, uma bateria com circuito, dois relês para acionamento, dois pequenos motores de partida e 500 gramas de pólvora preta. A granada é de uso exclusivo da Polícia Militar, de acordo com o major.
Cerca de 30 policiais isolaram a área e detonaram o artefato, primeiro com um jato de água para eliminar a pólvora e depois uma pequena carga de explosivo para acionar a granada. A polícia acredita que o material teria outro destino, já que ali não produziria nenhum efeito. A Ponte da Amizade, que liga Foz do Iguaçu à paraguaia Ciudad del Este, está localizada a mil metros do local.
A sacola de plástico contendo o artefato foi encontrada por volta das 9 horas, mas já estava no lugar quando a dona da barraca, Jacira Claudete Dacal, chegou para trabalhar. Um cliente dela, Isac Mendonça Alves, abriu o pacote, sujou as mãos com pólvora e decidiu avisar a polícia. O libanês Mohamed Wanni, 67 anos, dono da casa vizinha à barraca, ficou preocupado e só se tranqüilizou ao ser informado pelo major Schereneta que não se tratava de atentado contra ele.