Hoje será um dia muito importante para o futebol europeu. Em Dusseldorf, na Alemanha, os presidentes das 52 federações do continente elegerão o presidente da Uefa (União Européia de Associações de Futebol). Os candidatos são o ex-jogador francês Michel Platini, de 51 anos, e o cartola sueco Lennart Johansson, de 77, que comanda a entidade desde 1990 e tenta conquistar o sexto mandato.
O sueco conta com o apoio das grandes federações. O alemão Franz Beckenbauer, por exemplo, que é o presidente do Bayern de Munique, disse que seu país tem obrigação de votar em Johansson. ?A Uefa nunca teve um presidente melhor do que ele?, disse.
Platini tenta garimpar votos entre as federações menores. Não por acaso, a proposta mais polêmica de sua plataforma é favorável aos países ?nanicos?.
Ele quer mudar a Liga dos Campeões, tirando uma vaga dos países que têm direito a quatro representantes (Itália, Espanha e Inglaterra) para abrir espaço aos times de países menos badalados. Johansson é contra essa mudança e acusa Platini de querer colocar a mão numa competição que é um sucesso mundial.
O cabo eleitoral de Platini que tem mais peso é o suíço Joseph Blatter, presidente da Fifa. Nesta quinta-feira, em Dusseldorf, ele reafirmou seu apoio à candidatura do francês.
?Não tenho direito a voto, mas tenho direito de expressar minha opinião?, afirmou, em resposta à declaração de Johansson de que ele deveria manter uma posição de neutralidade. Johansson disputou com Blatter a eleição na Fifa em 1998, quando o suíço obteve seu primeiro mandato e sucedeu o brasileiro João Havelange. Platini faz parte do Comitê Executivo da Fifa e seu mandato na entidade terminará em 2009.