Médicos de todo o Brasil decidiram paralisar o atendimento a planos de saúde que não aceitarem a Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimento Médicos (CBHPM). A CBHPM define a tabela de preços para o serviço médico e é elaborada pela Associação Médica Brasileira (AMB).
O vice-presidente do Conselho Federal de Medicina , Abdon Murad, explicou que essa tabela inclui mais de 1,2 mil procedimento médicos, como a cirurgia por obesidade mórbida. “Plano que não aceitar a CBHPM não terá atendimento por parte dos médicos, porque os planos têm dois sustentáculos: os usuários e os médicos, e os dois estão sendo desrespeitados”.
Durante a Assembléia Nacional dos Médicos, realizada ontem, as operadoras de planos de saúde apresentaram proposta de reajuste que varia de 19% a 26% nos valores dos preços das consultas. Estes valores seriam diferentes para os ususários de planos empresariais e individuais. Segundo Murad, essa proposta é “indecente”, porque os valores estão bem abaixo do pleito dos médicos e ainda cria duas categoria de pacientes. ?Se nós tratamos o paciente igualmente como é que nós vamos ganhar menos quando atendemos o paciente de plano individual??.
Para a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), os usuários de plano de saúde têm direito a atendimento nos casos de urgência e emergência. Para as consultas marcadas, a ANS aconselha que, antes, o paciente procure saber se o médico continua ou não atendendo pelo convênio. Se não atender mais, a operadora é obrigada a substituir o médico na mesma hora.
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