Rio de Janeiro – O Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro Galeão/Antonio Carlos Jobim começa a sentir os resultados do Plano de Manejo implantado em 2005 para evitar acidentes causados por colisões entre aves e aviões. A primeira ação consistiu na limpeza do entorno do terminal, prejudicada por lixões clandestinos; limpeza e dragagem de canais de água e de áreas insalubres.

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A gerente de Meio-Ambiente do Galeão, Tânia Caldas, disse que houve uma redução significativa no número de acidentes e que o aeroporto iniciará em breve um estudo estatístico para acompanhar o resultado das medidas adotados pelo Plano de Manejo.

Ela informou também que foi aberta licitação para a próxima ação, ainda neste ano, com o objetivo de reduzir alguns pontos que atraem essas aves. ?Vamos fazer o telamento de algumas áreas e o telamento de canais de drenagem, para que (as aves) não venham tomar banho e beber água aqui dentro?, adiantou.

O Plano de Manejo do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro faz parte de um estudo encomendado em 2004 pela Empresa Brasileira de Infra- Estrutura Aeroportuária (Infraero) à Coordenação de Programas de Pós-Graduação em Engenharia (Coppe) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

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O trabalho foi elaborado para 22 aeroportos do país com o objetivo de avaliar quais seriam as intervenções necessárias nos sítios aeroportuários para desestimular a presença de pássaros. Só em 2004, a Infraero registrou uma média mensal de 20 colisões entre aves e aviões no entorno dos 66 aeroportos de sua rede.

O Galeão foi o primeiro terminal a executar o plano que está sendo implantado agora nos aeroportos de Manaus (Am) e Porto Alegre (RS). Desde 2002, a administração do aeroporto promovia medidas experimentais para diminuir a presença das aves. O plano exige acompanhamento dos resultados obtidos para que novas ações sejam formuladas.

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De acordo com os técnicos que implantaram manejo, o urubu deixou de ser o principal causador de acidentes aéreos no Galeão, desde que foram feitas intervenções no aterro sanitário de Gramacho, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Atualmente, foi detectada a presença de quero-queros, carcarás e garças brancas.

As aves que esbarram na fuselagem dos aviões são levadas para a Coppe, que analisa o momento em que o acidente ocorreu. Também é feito o estudo do comportamento das diferentes aves da região da Ilha do Governador, bairro da cidade onde fica o aeroporto. Segundo Tânia Caldas, há algum tempo não se registram acidentes desse tipo.