"A decisão acertada de ter a escala humana como referência dá à Curitiba de hoje uma condição singular de integração do transporte, uso do solo e preservação de áreas verdes. E é isso que a torna uma cidade modelo em vários aspectos e atrai turistas e comitivas de outras cidades e países", diz Cassio. "Na condição de prefeito de Curitiba, desenvolvi ações que atendessem as necessidades dos cidadãos, adequando o planejamento às demandas de uma metrópole que se forma", acrescenta.
A cidade e seus diferenciais
A cidade começou a construir suas marcas diferenciais no século passado, em especial nos anos 60 e 70. O novo plano diretor, implantado a partir de 1971, criou os eixos estruturais. O transporte público de massa passou a ser um dos focos da atenção, assim como as mudanças no centro tradicional da cidade e a recriação de uma paisagem urbana típica para Curitiba.
Foram grandes marcos o fechamento da XV de Novembro ao tráfego de veículos, a criação da Cidade Industrial de Curitiba e do Parque Barigui. Nos anos 80 vieram a preservação ambiental, com a implantação do programa "Lixo que não é lixo", que valeu a Curitiba o título de cidade ecológica, e a expansão do transporte público, com a criação da Rede Integrada de Transporte (RIT), possibilitando o deslocamento para qualquer ponto da cidade com uma só tarifa.
Na década de 90 e já neste século, a preocupação social tem a sido a marca indelével da capital. Nos últimos oito anos, Curitiba avançou no processo que hoje é uma preocupação de cidades de todo o mundo: o de ampliar o exercício da cidadania, fortalecer a política de inclusão, melhorar os serviços públicos e introduzir ferramentas modernas na administração da cidade.
Os curitibanos nunca participaram tanto da vida da sua cidade. Desde 1997, quando o prefeito Cassio Taniguchi adotou o Modelo Curitiba de Colaboração, obras, ações e serviços municipais passaram a ser definidos em conjunto com a comunidade. Vários programas facilitaram o acesso da população às decisões que influem diretamente em suas vidas.
Pioneiro no país, o Modelo Curitiba de Colaboração foi uma das fontes de inspiração do Programa Público Privado, do Governo Federal. "Planejar para a coletividade, em parceria com a sociedade organizada, foi uma decisão que norteou todos os programas implantados em Curitiba", explica Cassio.
Em seus dois mandatos, o primeiro, de 1997 a 2000, e o segundo, que começou em 2001 e termina nesta sexta-feira, Cassio investiu em três grandes eixos: a geração de empregos, que teve o "Linhão do Emprego", como o principal programa, a integração da região metropolitana, através da ampliação das linhas de ônibus com tarifa única, e a gestão compartilhada, com o Modelo Curitiba de Colaboração.
O Linhão do Emprego, iniciado em 1998, associa infra-estrutura e iniciativas de geração de trabalho e renda. Beneficia 18 bairros das regiões leste e sul da cidade. Desde o início do funcionamento do Linhão, foram liberados 9.419 alvarás de funcionamento e mais 12.518 alvarás para atividades autônomas relacionadas às empresas do Linhão.
Com relação à integração metropolitana, o grande salto se deu a partir de 1997, com a inclusão de sete municípios e ampliação do atendimento nas cidades onde já funcionava a Rede Integrada de Transporte (RIT). Hoje a RIT tem 385 linhas que atendem 24.500.000 passageiros por mês.
Neste segundo mandato, Cassio também consolidou Curitiba como a capital social do país. "Hoje a situação melhorou em vários setores, com o aumento dos índices de atenção à criança, por exemplo. Nenhuma capital brasileira tem uma rede de saúde que atenda de forma tão ampla e organizada quanto Curitiba", avalia o prefeito.