Brasília – O Palácio do Planalto suspendeu licitação para a confecção de uma nova faixa presidencial, que custaria R$ 38 mil. O edital desrespeitava as normas relativas aos símbolos nacionais. O cerimonial da Presidência determinou, em nota publicada no Diário Oficial na semana passada, que a nova faixa deveria ter um brasão da República com 23 estrelas (o correto é estampar 27 estrelas) e 12 centímetros de largura – três a menos do que o estabelecido por decreto.
Até o momento o cerimonial não explicou o motivo da suspensão. Desde a Constituição de 1988, as armas da República contam com 27 estrelas, representando os 26 Estados e o Distrito Federal. O erro causou constrangimentos no Planalto, pois Estados novos como Tocantins foram simplesmente ignorados por quem elaborou o edital.
A compra de uma faixa para ser usada na posse de janeiro de 2007 foi um pedido do cerimonial. A faixa atual, entregue pelo presidente Fernando Henrique Cardoso ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2003, tem pelo menos 15 anos. Fernando Collor e Itamar também usaram essa faixa.
Fotos divulgadas na semana passada pelo Planalto mostram que faixa atual apresenta manchas na parte verde-bandeira e na parte amarelo-ouro. O desgaste causado pelo tempo é visível nas bordas.
A faixa é um símbolo da Presidência da República adotado pelo presidente Hermes da Fonseca, em 1910. Ele foi o primeiro a posar para fotografia oficial com a faixa no peito. Lula e Itamar preferiram retratos oficiais sem a faixa.