Depois de fechar com setores do PSDB a indicação do tucano Nárcio Rodrigues (MG) para a primeira vice-presidência da Câmara o petista Arlindo Chinaglia (SP) agora busca ganhar apoio entre os aliados do atual presidente, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), com quem deve disputar o comando da Casa no dia 1º. Hoje, o PL de Inocêncio Oliveira (PE) deve anunciar sua adesão.

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Em troca, a idéia é oferecer a quarta secretaria da Mesa Diretora, responsável pela administração dos imóveis funcionais e controle da verba de auxílio-moradia, a Inocêncio, que vinha apoiando Aldo e atua como uma espécie de embaixador junto ao baixo clero. A rigor, ele não poderia pleitear o cargo: o regimento da Câmara diz que a divisão dos cargos na Mesa Diretora deve respeitar a proporcionalidade das bancadas e o PL não elegeu deputados em número suficiente. Mas o mesmo regimento permite que outras candidaturas sejam lançadas em plenário, o que abre caminho para que candidatos de partidos que não têm grandes bancadas possam concorrer.

Além de cargos na Mesa, aliados de Chinaglia nos últimos dias deram sinais a deputados de que pretendem restabelecer alguns cargos de natureza especial (funcionários não concursados) extintos por Aldo em setembro. Foram demitidas 1.163 pessoas que trabalhavam na Câmara e nos Estados como assessores parlamentares.

Diante dos novos acordos fechados por Chinaglia, o deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) deu ontem por encerrada a disputa pela presidência da Câmara, ao sugerir que Aldo retire sua candidatura e apóie o petista. "Não é justo que ele estique a corda além do razoável", argumentou. "É, ainda, uma oportunidade de devolver o apoio que obteve de Chinaglia quando assumiu o cargo." Geddel disse que a questão é política e não pessoal, decorrente da vontade da maioria dos partidos. "A aliança do PMDB com o PT, agora com o respaldo do PSDB, é definidora.

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