O ministro da Defesa, Waldir Pires, mostrou-se tenso, ao fazer um discurso político, em exposição na Comissão de Fiscalização e Controle, na Câmara, sobre as causas da crise no controle do tráfego aéreo no País. Ele afirmou que a crise decorre de "problemas de recursos humanos e falhas em equipamentos" e que a origem dos problemas está também em "procedimentos de gestão", mas fez a ressalva de que tem um "respeito extraordinário" pelo comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, que também participa da audiência da comissão.
O ministro fez reiterados elogios ao "brigadeiro Saito e seus comandados" e ao presidentes da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, e ao diretor da Infraero, Milton Zuanazzi, ambos também presentes à audiência. Insistiu, também, na afirmação de que a legitimidade do mandato do ministro de Estado "decorre simplesmente da escolha do presidente da República, que exerce a soberania popular a o comando supremo das Forças Armadas.
"Quando não se respeita a soberania nacional e popular, estamos trabalhando para destruir as bases legítimas das instituições democráticas. Minha participação, minhas atribuições são um campo restrito, estreito." Pires disse também que cumpre suas tarefas "com a maior alegria", mas voltou a afirmar que sua decisão é a de "jamais ultrapassar os limites da constituição e da lei.