O ministro da Defesa, Waldir Pires, criticou nesta quarta-feira (11) a proposta de privatização do controle de tráfego aéreo. Segundo ele, a proposta de privatização do tráfego aéreo tem interesses incompatíveis com os interesses do País. Sobre o questionamento se o tráfego aéreo é seguro no País, o ministro disse que sim e afirmou que o choque do jato Legacy com o avião da Gol foi o primeiro desse gênero no Brasil.
Ele lembrou que nos Estados Unidos já houve outros seis choques de aviões. Quando aconteceram esses choques, informou, houve redução das horas de trabalho e apoio psicológico, o que não foi possível fazer no Brasil. Reconheceu que há falta de reservas de controladores e considerou que este fator determinou as dificuldades enfrentadas hoje.
Novamente bastante irritado, o ministro negou que tenha sentado num bar para beber cerveja com militares controladores. E disse que, como ministro de Estado, chamou para uma conversa o presidente do sindicato dos controladores civis, que é uma entidade legal e reconhecida. O ministro não citou, no entanto, o encontro que teve com os membros da associação dos controladores de tráfego aéreo em 2 de novembro, quando houve o primeiro apagão aéreo.
‘Primeiríssima preocupação’
Segundo ele, a tendência no momento é marchar para o que o mundo tem, que é o controle de tráfego aéreo civil. Ele insistiu que a segurança de vôo é a "primeiríssima" preocupação deste governo e desafiou a que as pessoas procurem estatísticas para falar sobre a segurança do tráfego aéreo.
Sobre a CPI do Apagão Aéreo, o ministro disse que é um problema da Câmara, mas ressalvou que a CPI tem que ser íntegra e não pode estar a serviço de manipulações. "Sou um parlamentar da velha guarda, só tenho três mandatos, levei 30 anos fora da casa mas defendo a idéia básica de ética, que não se faça da CPI um instrumento de luta política , de poder ou politicalha.