Em etapa cheia de surpresas, 510 veículos partiram ontem (06) de Lisboa, do distrito de Alcacer-do-Sal, para percorrer os primeiros 117 quilômetros do rali mais perigoso do mundo, o Dacar. O português Rubén Faria, com uma Yamaha e o tempo de 1h22min07s, venceu entre as motos. A dupla formada pelo piloto português Carlos Sousa e pelo navegador alemão Andreas Schulz, a bordo de um Volkswagen, foi a melhor entre os carros (1h20min38s).
Os brasileiros tiveram desempenho razoável no primeiro dia, apesar de alguns problemas técnicos para chegarem a Portimão. Jean Azevedo, da equipe Petrobrás/Lubrax, obteve a melhor classificação do País entre as motos, o 29º lugar, a 13min19s do vencedor. Só não foi melhor porque precisou administrar consumo excessivo de combustível. Dimas Mattos terminou em 48º, Sylvio Barros, em 88º, e Carlos Ambrósio, em 172º.
Entre os carros, a equipe Volkswagen dominou as cinco primeiras posições do Dacar. O vencedor Sousa foi seguido pelo sul-africano Giniel de Villiers, a 2min31s, pelo espanhol Carlos Sainz, a 2min38s – mesmo tempo marcado pelo filandês Ari Vatanen -, e o americano Mark Miller, a 3min56s. O defensor do título, o francês Luc Alphand, ocupou a 17ª posição.
A bordo de um Mitsubishi, o piloto brasileiro Klever Kolberg e o navegador Eduardo Bampi, da equipe Petrobrás/Lubrax – a única a competir nas três categorias -, ficaram no 21º lugar, a 12min40s do líder. Os dois terminaram uma posição à frente e com 15s de vantagem em relação à dupla luso-brasileira da BMW – o piloto Paulo Nobre, o Palmeirinha, do Brasil, e o navegador Filipe Palmeiro.
Largaram para a 29ª edição do Dacar 245 motos, 180 carros e 85 caminhões. Hoje, os competidores disputam os 67 quilômetros da segunda etapa, saindo de Portimão com destino a Málaga, na Espanha.