PIB ficou aquém do que gostaríamos, diz Bernardo

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou nesta quinta-feira (31) que o resultado do PIB no segundo trimestre deste ano ficou aquém daquilo que todos gostariam. Entretanto, disse o ministro, é preciso pensar que o Brasil já chegou em a ponto em que tem todas as condições para crescer mais e de forma sustentada. O ministro alertou, no entanto, que, a partir do próximo ano, seja qual for o governo, vários desafios na área fiscal terão que ser enfrentados. Ele lembrou que no final de 2007 acabam a CPMF e a Desvinculação de Receitas da União (DRU).

Bernardo também defendeu a necessidade de que sejam retomadas as reformas estruturais e a agenda microeconômica. "Acho que estes são assuntos que têm amplo consenso no País e vão consolidar as condições para um crescimento mais elevado", disse. Ele acredita que o resultado do PIB no segundo trimestre é sazonal e que o terceiro e quarto trimestres devem ter desempenhos melhores. Ele afirmou que o governo mantém sua estimativa de crescimento para este ano em 4%. "Tem gente dizendo entre 4% e 4,5%", emendou.

Bernardo comentou também que alguns analistas não olham os dados trimestrais isoladamente, apenas no longo prazo. "Eu tenho defendido isso", afirmou.

Classificação de risco

Para Bernardo, o aumento da classificação do rating do País pela Moody’s foi "positivo e merecido pelo Brasil". "Achei positivo e fiquei muito contente." Ele disse que o Brasil precisa continuar aprofundando as ações que estão sendo realizadas. Segundo ele, a taxa Selic vai continuar caindo e daqui a quatro anos será chamada de "Seliquinha".

Bernardo elogiou o trabalho do BC que, segundo ele, traz benefícios principalmente para a população de baixa renda. Segundo o ministro, a inflação sob controle significa um grande ganho para o trabalhador. Ele afirmou que a massa real de salário cresceu 6,8% no último ano, além de ter havido um aumento no consumo das famílias. "A inflação estável e baixa tem sido um ganho significativo para as famílias", afirmou o ministro. Ele fez os comentários antes de iniciar entrevista à imprensa para anunciar o orçamento de 2007.

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