São Paulo – O produto interno da construção civil recuou 1,9% no terceiro trimestre, ante igual período de 2004, segundo dado divulgado hoje (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, no acumulado do ano até setembro, o crescimento da construção alcançou apenas 0 74%. Diante do fraco desempenho, o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) revisou mais uma vez para baixo a estimativa de crescimento para o ano e projetou alta inferior a 2%, "se no quarto trimestre a construção repetir o crescimento de 5% apurado no mesmo intervalo do ano passado".
Em nota, o presidente do sindicato, João Claudio Robusti reitera que a expectativa é a de que a indústria consiga repetir, neste trimestre, o desempenho verificado em igual período de 2004. Ainda assim, o resultado no ano deverá ser frustrante. "Prevíamos no início do ano um crescimento de 4,8%. Depois, baixamos para 3% e voltamos a subir para 4,1%. Com o resultado decepcionante do terceiro trimestre, fomos forçados a rever a estimativa", diz.
Segundo Robusti, os principais fatores que contribuíram para a piora no desempenho do setor foram a manutenção da taxa básica de juros em níveis elevados, o contingenciamento de recursos federais em decorrência da meta de superávit e a lentidão e o excesso de burocracia para liberação desses recursos.
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