O crescimento do PIB brasileiro em 2005 vai passar dos 3,5% estimados em setembro do ano passado, para impressionantes 3,7%. A previsão é do Fundo Monetário Internacional (FMI), furibundo guarda pretoriano das finanças públicas do planeta.
O apático desempenho deixará o Brasil abaixo dos índices de crescimento médio de alguns países africanos (5%), China (8,5%), Índia (6,7%) e Rússia (6%). A parte menos interessante desse enredo é pensar nos últimos três países como concorrentes diretos do Brasil. Infelizmente, a perspectiva imediata também não é favorável para o País, pois o FMI adianta para 2006 uma taxa de crescimento de 3,5%.
Contudo, o guardião havia predito o crescimento de 4% do PIB brasileiro em 2004, mas o resultado alcançado na oportunidade foi de 5,2%. O FMI pode ser muito bom em contas, mas isso não oferece a menor garantia de sua infalibilidade. É uma pequena luz no fim do túnel.
Entretanto, China e Índia desenvolvem suas economias a olhos vistos, transformando-se rapidamente em potências emergentes no panorama mundial. Juntas têm mais de dois bilhões de habitantes e, tirante a magnitude da problemática social comum, desfrutam de gigantesco potencial em áreas industriais importantes. No caso específico da Índia, a grande fonte de recursos está no pleno domínio da informática e da tecnologia da informação, serviços que exporta para o mundo.
Velhas bandeiras arriadas ressurgem com toda a força na gênese de nova ordem econômica internacional. Ou são bolhas de crescimento alucinante, mas efêmero?