Apesar de a escolha brasileira pelo padrão japonês de TV digital ter sido dada como certa com a assinatura, hoje (13), de um memorando entre os governos do Brasil e do Japão, o diretor-executivo da Philips na América Latina, Walter Duran, não se deu por vencido. Duran, que integra coalizão DVB (defensora do padrão europeu), disse que o memorando é superficial. "Não considero que a questão está definida", afirmou Duran, acrescentando que cabe ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva tomar e anunciar essa decisão. "O que aconteceu lá foi uma das etapas de uma negociação."

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Compromisso parecido ao que foi assumido pelo Japão já havia sido oficializado pela União Européia, segundo ele, em carta encaminhada no mês passado à ministra de Minas Energia, Dilma Rousseff.

"Apesar da pompa (do ato de assinatura do memorando com o Japão), a proposta da UE foi mais a fundo", diz. Segundo ele, os europeus estão dispostos a instalar no Brasil um "ecossistema completo" para a fabricação de semicondutores, passando pela criação, desenvolvimento e fabricação. O memorando assinado com o Japão não garante a instalação da fábrica de semicondutores, diz. Ele espera que a comitiva de ministros também vá a Europa.

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