Começou há pouco a reunião da Executiva Nacional do PFL, convocada para decidir
o destino do deputado João Batista Ramos da Silva (PFL-SP), bispo da Igreja
Universal, flagrado ontem transportando sete malas cheias de dinheiro, com pouco
mais de R$ 10 milhões. A sorte de João Batista foi selada ontem à noite, numa
reunião prévia que dirigentes do partido fazem semanalmente, às segundas-feiras,
em jantar no restaurante Piantella, em Brasília.
A decisão será o
cancelamento da filiação do deputado, com base no estatuto do partido. O
argumento é de que o parlamentar foi detido em atividade alheia ao mandato, não
exercendo nenhuma ação partidária, nem parlamentar. Um dos participantes do
jantar, o vice-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, convidou João batista
para explicar o episódio, na reunião de hoje. O deputado, porém recusou o
convite, porque já sabia a decisão do partido.