O PFL decidiu, em reunião extraordinária da executiva nacional, cancelar a filiação partidária do deputado federal João Batista Ramos da Silva (SP). A decisão foi unânime. "Cumprimos o nosso dever no que diz respeito ao ponto de vista político, já que o ponto de vista legal, moral, foi assumido pela Igreja Universal", afirmou o presidente do partido senador Jorge Bornhausen (SC).
Ontem, o deputado foi preso em Brasília com sete malas contendo cerca de R$ 10 milhões, em um avião fretado no qual pretendia viajar a Goiânia. O dinheiro seria de seguidores da Igreja Universal do Reino de Deus, que em nota divulgada à imprensa confirmou a informação do deputado.
Bornhausen afirmou que a executiva entende que os atos praticados pelo deputado não são compatíveis com as atividades político-partidárias do PFL "Entendemos que o deputado, ao participar das ações da sua igreja, feriu atividades parlamentares exigidas pelo partido", disse.
O senador revelou que o partido não fará representação contra João Baptista no Conselho de Ética. Segundo ele, para o PFL o processo está encerrado. Ele lembrou que o deputado ainda tem direito a recorrer, mesmo que sem efeito suspensivo da decisão da executiva.