PF volta a ouvir presos na Operação Furacão

A Polícia Federal (PF) volta a ouvir nesta terça (17) os depoimentos dos presos na Operação Furacão. Dos 25 acusados, ainda faltam ser ouvidas cinco pessoas. Entre os presos estão contraventores, delegados e magistrados acusados de crimes como corrupção, tráfico de influência e envolvimento com jogos ilegais.

Na segunda, a PF ouviu apenas três pessoas porque os acusados continuavam a alegar que não haviam tido acesso ao processo. Ainda na noite de ontem o ministro relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), Cezar Peluso, autorizou que os advogados dos presos tenham acesso aos inquéritos policiais. A decisão atende à pedido da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que havia protocolado petição no STF pedindo providências contra arbitrariedades que estariam sendo cometidas pela Polícia.

Cezar Peluso também quer ouvir o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, antes de decidir sobre os quatro pedidos de relaxamento de prisão: dos desembargadoes José Ricardo de Siqueira Regueira e José Eduardo Carreira Alvim, do advogado Silvino Cabral Júnior e do procurador João Sérgio Leal Pereira.

Na segunda-feira à noite chegaram a Brasília os veículos apreendidos com o grupo. São 51 carros e quatro motos, quase todos importados,  avaliados em R$ 10 milhões. As 18 pistolas e sete revólveres e também as jóias apreendidas estão sob análise para que seja comprovada a legitimidade. A PF deve divulgar, ainda hoje, um balanço do material apreendido.

A Operação Furacão, deflagrada na sexta-feira (13), resultou na prisão de 25 pessoas, entre eles, o irmão do ministro do Superior Tribunal de Justiça Paulo Medina; dois desembargadores do Tribunal Regional Federal do Rio de Janeiro, José Eduardo Carreira Alvim e José Ricardo de Siqueira Regueira, o presidente da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa), Ailton Guimarães Jorge, o Capitão Guimarães; o presidente da escola de samba Beija-Flor, Aniz Abrahão David, além de três delgados da PF e um delegado da Polícia Civil de Niterói (RJ).

A prisão temporária dos presos termina na quarta às 6h. A PF informou que deve pedir ainda hoje a prorrogação desse prazo.

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