PF vai enviar à CPI dos Correios o que apurou em suas investigações

Até o final do dia, a Polícia Federal deve encaminhar cópia do inquérito das
investigações do suposto esquema de corrupção na Empresa Brasileira de Correios
e Telégrafos para a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios
no Congresso Nacional.

Um grupo de 12 representantes da Polícia Federal,
da Receita Federal e do Tribunal de Contas da União (TCU) já está trabalhando na
CPMI. O grupo conta, também, com um advogado criminalista e um assistente
comercial para auxiliar os parlamentares nas investigações.

Na Polícia
Federal, o prazo para envio ao Ministério Público do relatório das investigações
termina hoje (17), mas o delegado responsável pelo caso, Luiz Flávio Zampronha,
pedirá formalmente à Justiça Federal a prorrogação do prazo por mais 90
dias.

Na última quarta-feira, a PF encerrou a primeira parte das
investigações. A Polícia concluiu que o mandante da fita que mostra o
ex-funcionário dos Correios Maurício Marinho recebendo R$ 3 mil em propina é o
empresário Arthur Washeck Neto.

Washeck disse que gravou a fita por
motivos comerciais e não políticos. Ele é dono da Comercial Alvorada de
Manufaturados (Comam), empresa que fornecia material de saúde e informática para
os Correios. Washeck afirmou que resolveu denunciar o esquema de corrupção
porque se sentia prejudicado por supostas fraudes nas licitações da
empresa.

Agora, a Polícia Federal passa para uma fase de análise dos
contratos dos correios. Tanto a polícia quanto a Controladoria-Geral da União
(CGU) analisam 600 contratos feitos nos últimos dois anos pelos Correios. O
objetivo é apurar possíveis fraudes nos contratos.

Ontem, José Fortuna
Neves, ex-agente do Serviço nacional de informações (SNI) prestou o segundo
depoimento à Polícia Federal. No depoimento, disse que a Agência Brasileira de
Inteligência (Abin) investigava os Correios a pedido da Casa Civil.

O
deputado Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB, também será ouvido pela
PF. Por ter foro privilegiado, Jefferson poderá escolher a data e o local da
oitiva.

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