Dez pessoas, entre empresários, administradores de empresas de prestação de serviços e funcionários do Tribunal de Contas da União (TCU), foram presas nesta quinta-feira pela Polícia Federal no início da operação Sentinela, que investiga fraudes em licitações feitas pelo órgão. Cinco empresas do ramo estão sendo investigadas pela PF sob suspeita de formação de cartel e compra de pareceres. Entre elas a Confederal, de propriedade do ministro das Comunicações, Eunício Oliveira.

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As investigações sobre fraudes em licitações para prestação de serviços de segurança em órgãos públicos começaram em janeiro desse ano a partir de denúncias da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) à Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça. Havia suspeita de fraudes porque uma mesma empresa vencia sempre as licitações feitas pela Aneel. "Com o cruzamento dos dados, chegou-se aos indícios de irregularidades na licitações feitas no TCU", explica a delegada Valquíria Teixeira de Andrade, coordenadora geral da Polícia Fazendária da PF.

O TCU é o órgão responsável pela fiscalização das contas dos órgãos públicos federais. A Polícia Federal tem 15 mandados de busca e apreensão e está recolhendo documentos e computadores das empresas e dos funcionários acusados de participar do esquema de fraudes.
Entre os funcionários do TCU com prisão temporária decretada estão o secretário geral de Administração, Antônio José Ferreira Trindade, a presidente da Comissão Permanente de Licitação, Vera Lúcia de Pinho Borges, a secretária de Controle Interno, Leila Fonseca dos Santos Vasconcelos e o chefe da Segurança, Fernando César Masera Almeida.

Também estão presos os funcionários das empresas: Carlos Antônio de Souza Almeida Oliveira, Ênio Brião Bragança, Miguel Novaes da Silva e Roberto Bandeira de Negreiros. Além da Confederal, estão sendo investigadas a Brasfort, Renan Segurança, Montana e Sitran.

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