Nove pessoas foram presas hoje pela Polícia Federal durante a Operação Caraxué contra o tráfico internacional de travestis. A Justiça Federal de Uberlândia concedeu os nove mandados de prisão, que foram cumpridos em Uberlândia (MG), em São Paulo e Franca (SP), e em Florianópolis (SC). Cinco pessoas foram presas em Uberlândia, três em São Paulo e uma em Florianópolis. Segundo o delegado responsável pelo caso, Marinho da Silva Rezende Júnior, ainda há mais mandados de prisão a serem cumpridos durante o dia.

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Cerca de 48 policiais federais participaram da operação contra uma quadrilha que fazia aliciamento de pessoas para a prostituição na Europa. A PF monitorou os integrantes da quadrilha durante três meses a partir de denúncias de aliciamento de travestis na região do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. A quadrilha possui aliciadores identificados em todo o País, sendo dois identificados em São Paulo.

A quadrilha era liderada por um travesti conhecido como Loraine, que reside atualmente em Uberlândia. Loraine já morou na Itália, onde possui uma casa que abriga pessoas que se prostituem na cidade de Milão. A quadrilha também recrutava travestis para se prostituírem na Espanha. Para embarcar para a Europa, eram necessários cerca de 10 mil euros.

Foi detectada também a participação de uma empresa de turismo sediada em Uberlândia. A empresa vende passagens aéreas para travestis em condições extremamente favoráveis, e a intimidade entre o sócio da agência de turismo e um dos integrantes da quadrilha sugere o envolvimento da empresa com o grupo criminoso. Em relação ao nome da operação, Caraxué significa proxeneta, ou seja, aquele que vive da prostituição alheia.

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