Brasília (AE) – O governo deflagrou hoje uma operação em seis Estados para desmontar uma quadrilha especializada na falsificação de Autorizações Para Transporte de Produtos Florestais (ATPF), usados para garantir o transporte de madeira e carvão. A falsificação tinha como objetivo "esquentar" madeira e carvão extraídos ilegalmente da Amazônia. Na Operação Ouro Verde foram expedidos 78 mandados de busca e apreensão. Até o começo da tarde 34 pessoas haviam sido presas.

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Oito siderúrgicas, acusadas de consumir carvão vegetal ilegal foram multadas nos Estados do Pará e Maranhão. As multas chegam a R$ 509,12 milhões. A quadrilha agia nos Estados do Pará Maranhão, Mato Grosso, Rondônia, Tocantins e Goiás.

Pelos cálculos da polícia, somente em três municípios do Pará as falsificações permitiram o transporte e venda de 75 mil metros cúbicos de madeira extraída de foram ilegal. Entre as espécies extraídas estão o ipê e jatobá.

As ATPFs foram falsificadas numa gráfica de Goiás, a Cometa. Pelos cálculos da Polícia Federal, do Ibama e do Ministério Público Federal cerca de 600 documentos falsificados deverão ser apreendidos ao longo da operação. Até agora, 280 deles estão em poder da Polícia Federal.

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"É mais um passo que se dá no combate ao desmatamento ilegal", afirmou a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

A Operação Ouro Verde é um desdobramento de outras operações, a Belém 1 e 2. Na avaliação da Polícia Federal, a quadrilha desbaratada agora se organizou ao longo do último ano, como resposta às medidas "moralizadoras" adotadas no governo nesta área. A operação iniciada hoje foi preparada ao longo dos últimos meses.

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