Agentes da Polícia Federal e fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) libertaram 115 trabalhadores encontrados em situação degradante análoga à de trabalho escravo nos Estados de Mato Grosso e Goiás. As ações do Grupo Especial Móvel de Fiscalização do MTE foram concluídas hoje na Usina Itarumã, no município goiano homônimo, com a libertação de 68 trabalhadores agenciados no Maranhão. Eles trabalhavam como plantadores e cortadores de cana-de-açúcar.
De acordo com o Grupo Móvel, os trabalhadores estavam instalados em alojamentos precários, com banheiros em péssimas condições de uso, sem teto, fiação exposta, sem chuveiro quente. Eles dormiam em colchões e bebiam água imprópria para o consumo.
Situação idêntica ocorria em Mato Grosso, com a libertação de 47 trabalhadores das Fazendas Paraná Berneck e São Bernardo, no Norte do Estado. O dono das duas propriedades, Gilson Muller Berneck, pagou aos fiscais R$ 264.182,00 em rescisão aos empregados. Eles foram agenciados em Araucária pelo "gato", Arlindo Pascoato, ex-empreiteiro da fazenda.