A Polícia Federal abriu, ontem (12), inquérito contra o deputado João Batista
Ramos da Silva, presidente da Igreja Universal do Reino de Deus. O deputado foi
autuado na última segunda-feira em um hangar particular em Brasília com R$ 10,2
milhões distribuídos em sete malas.
A continuação das investigações
depende, agora, de autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), já que o
deputado tem foro privilegiado. O auto de apreensão e o conteúdo do inquérito
serão enviados ao STF. O deputado foi autuado junto com mais seis pessoas: o
piloto e co-piloto do avião, dois pastores e suas esposas.
O delegado
responsável pelas investigações, David Campos, quer analisar a origem do
dinheiro, que está guardado no Banco Central em Brasília. Para ele, é preciso
saber se há indícios de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.
Os
advogados do deputado devem entrar com mandado de segurança no STF para que o
dinheiro seja liberado. O deputado afirmou, em depoimento à PF na segunda-feira,
que o dinheiro veio do dízimo pago pelos fiéis à igreja. De acordo com
comunicado oficial da Igreja Universal, o dinheiro proveniente de dízimo foi
todo arrecadado no sábado (9), durante a comemoração dos 28 anos da
Igreja.
Ontem o PFL decidiu expulsar o deputado paulista. João Batista
lamentou a decisão.