PF investiga caixa 2 envolvendo mais de 150 políticos nas eleições de 2002

Uma lista contendo o nome de mais de 150 políticos que estariam envolvidos em um esquema de Caixa 2 assinada pelo ex-diretor de Planejamento e Engenharia de Furnas, Dimas Toledo, está sendo investigada pela Polícia Federal. A lista, cuja autenticidade ainda não foi comprovada pela PF, contém os valores dos repasses feitos durante a campanha de 2002.

O deputado federal cassado, Roberto Jefferson (PTB-RJ) confirmou ter recebido dinheiro de Toledo. Exatamente, os R$ 75 mil que constam na lista. Questionado à saída do depoimento se havia declarado o dinheiro à Receita Federal, respondeu: "claro que não, era dinheiro de caixa 2".

Jefferson contou que recebeu o dinheiro em seu escritório no Rio de Janeiro das mãos de Dimas Toledo. Em relação aos demais nomes que constam da lista, ele disse que não poderia confirmar a veracidade. "No que toca a mim é verdadeira", afirmou.

Até agora, a Polícia Federal possui apenas uma cópia da lista, o que a impede de averiguar a veracidade do documento. A busca pelo original já está sendo feita.

De acordo com a PF, a lista do caixa 2 em Furnas será investigada da mesma maneira que as entregues pelo empresário Marcos Valério de Souza. O objetivo é descobrir o caminho percorrido pelo dinheiro e quais políticos receberam esses recursos.

O órgão já está analisando se houve algum tipo de contrato entre Furnas e as empresas que aparecem como "patrocinadoras" na lista. Também poderá pedir a quebra de sigilo bancário dos possíveis envolvidos.

Dimas foi exonerado do cargo que ocupava na empresa pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, logo após as denúncias de corrupção feitas por Jefferson. No dia 31 de julho, a empresa criou a Comissão de Sindicância interna de Furnas Centrais Elétricas para apurar as irregularidades.

O resultado final dessa sindicância, divulgado no dia 15 de julho, concluiu que há uma "impraticabilidade de transferência de recursos da tesouraria da companhia para qualquer beneficiário interno ou externo, assim como a possibilidade de superfaturamento".

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