PF intensifica combate à pirataria e destrói 500 mil CDs em Brasília

Brasília – Representantes do governo federal e da Frente Parlamentar de Combate à Pirataria destruíram hoje (6) na rampa do Congresso, 500 mil CDs falsificados. O presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), artistas e empresários participaram do ato, que marcou o início de uma nova etapa do programa nacional de combate à pirataria e biopirataria.

Estão previstas operações da Polícia Federal, em parceria com a Polícia Rodoviária, a Receita e a Secretaria Nacional de Segurança Pública em áreas emblemáticas como São Paulo, considerada a meca da pirataria, as áreas de fronteira do Brasil com o Paraguai, Uruguai e Argentina e grandes cidades como Rio, Belo Horizonte e Brasília. "A luta contra a pirataria é de toda a sociedade, porque esse tipo de crime, hoje, está associado à lavagem de dinheiro e ao tráfico de drogas e armas", disse Aldo.

O objetivo do governo é levar as ações de prevenção e repressão a esse tipo de crime às 27 unidades da Federação em 2006, segundo informou o presidente do Conselho Nacional de Combate à Pirataria, Luiz Paulo Barreto. "Não há nada de tomântico ou ingênuo no comércio pirata. O Brasil não pode arrefecer nessa luta, até a destruição dessa cultura tão nociva aos interesses nacionais. Trata-se de um barato que sai caro porque tira empregos e prejudica a economia do País", afirmou Barreto.

O Brasil é hoje o quarto País do mundo em volume de produtos pirateados, perdendo apenas para China, Rússia e Coréia. Além da falsificação de CDs e DVDs, que praticamente destruiu a indústria fonográfica nacional e desmantelou vários grupos musicais, as máfias avançaram sobre praticamente todos os ramos de produção, inclusive de produtos que trazem risco à saúde e segurança da população. "Hoje se falsifica desde remédios para cardíacos a viagra e peças de automóveis", lamentou Barreto.

No momento em que os CDs eram destruídos, a PF realizava mais duas operações contra a pirataria em várias partes do País, em conjunto com a Receita. A Operação Canil, que desmantelou uma quadrilha de contrabando de eletroeletrônicos e material de informática, foi realizada no Paraná (Foz do Iguaçu, Maringá e Cascavel), São Paulo (Santo André e Ribeirão Preto), Rio Grande do Sul (Sapiranga) e Amazonas (Manaus). A Operação Breakdown atacou e desmontou outra quadrilha de falsificação de produtos de informática em cinco cidades do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Desde que iniciou seu programa de combate sistemático à pirataria, o Brasil tirou de circulação, em um ano, cerca de U$ 87 milhões em produtos ilegais. Só em 2005, as apreensões na fronteira com o Paraguai cresceram 130% e o comércio ilegal foi reduzido em 60%.

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