A Polícia Federal indiciou nesta sexta-feira (26) o senador Ney Suassuna (PMDB-PB) e a deputada Celcita Pinheiro (PFL-MT) pelos crimes de corrupção passiva, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Eles são acusados de participação na máfia das ambulâncias. Apesar de absolvidos pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Sanguessugas, eles devem responder o processo na justiça comum, caso o Ministério Público Federal (MPF) ofereça denúncia, pois não se reelegeram em outubro e, portanto, ficaram sem foro privilegiado.
Também já foram indiciados Amauri Gasques (PL-SP), Almeida de Jesus (PL-CE), Edna Macedo (PTB-SP), João Correia (PMDB-AC), Jonival Lucas Junior (PTB-BA), Júnior Betão (PL-AC), Nilton Capixaba (PTB-RO) , Paulo Feijó (PSDB-RJ), Cesar Bandeira (PFL-MA), João Grandão (PT-MS), Reginaldo Germano (PP-BA), Neuton Lima (PT-SP), Tetê Bezerra (PMDB-MT) e Vanderlei Assis (PP-SP). Contudo, a PF não especificou os crimes atribuídos a cada um, mas informou que a tipificação dos investigados nos 76 inquéritos abertos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) tem sido praticamente a mesma.
A expectativa é que alguns inquéritos sejam concluídos em fevereiro e outros em março, prazo final. Dos parlamentares de Mato Grosso são investigados os reeleitos Pedro Henry (PP), Welinton Fagundes (PR), Ricarte de Freitas (PTB) e Lino Rossi (PP). Os dois últimos estão sem mandato. Apesar da possibilidade dos parlamentares que perderam o mandato responderem a processo na justiça comum, a decisão final cabe ao Supremo. No total, entre congressistas e chefes de poderes executivos municipais, são 118 inquéritos.