PF indicia Roberto Jefferson por formação de quadrilha

A Polícia Federal (PF) indiciou nesta quarta-feira (21) à tarde o deputado cassado Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB, no inquérito sobre denúncias de irregularidades na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). Jefferson terminou, por volta das 16 horas, um depoimento de quase duas horas na PF. Ele recebeu do delegado Luiz Flávio Zampronha a notificação de que estava indiciado por formação de quadrilha, sob acusação de ter montado um esquema de cobrança de propinas na estatal.

Jefferson declarou-se "injustiçado" e "vítima do marketing policial" do governo Lula. "É muito triste. Foi uma acusação subjetiva", disse. Segundo o ex-deputado, o indiciamento se baseou em trechos do seu livro "Nervos de Aço", lançado recentemente, no qual detalha o que chama de aparelhamento dos órgãos públicos pelos partidos da base aliada do governo.

"Fui indiciado com base no livro que escrevi. Foi a mando do boboca do Bruno Aciolli, um garoto de recados do PT." Acciolli é um dos procuradores da República que acompanham as investigações junto com a PF.

Segundo Jefferson, a Polícia Federal tem agido "como polícia política do governo, que indicia, põe na quarentena e promove retaliações, mas sem fundamento." O ex-deputado é o oitavo indiciado nesse inquérito, que investiga um gigantesco esquema de arrecadação de propinas montado na estatal ECT por partidos aliados do governo junto a fornecedores de bens e serviços da empresa, mediante licitações dirigidas, superfaturamento de preços e outras irregularidades.

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