Com a prisão de quatro traficantes de drogas uruguaios e do brasileiro Lauter Veroni Rojensk, co-piloto do avião Piper Azteca apreendido há cerca de uma semana em uma fazenda no município de Santana do Livramento (RS), a Polícia Federal confirmou o nome do responsável pelo envio de grande parte da cocaína e maconha trazidas do Paraguai para o Rio Grande do Sul. O responsável pela distribuição da droga nas regiões da fronteira oeste e central e na região metropolitana de Porto Alegre é o gaúcho Irineu Domingos Soligo, conhecido como Pingo.
Envolvido em outros processos por tráfico de drogas na região de Passo Fundo (RS), Pingo está foragido há vários anos no Paraguai, de onde continua enviando maconha e cocaína por via aérea para a região da fronteira oeste e por via terrestre para Santa Maria e Santiago, na região central do estado. Ele era o responsável pela carga do avião que jogou cerca de 500 quilos de maconha e 30 quilos de cocaína em uma fazenda de Taquarembó, no Uruguai, e depois pousou em uma fazenda de Santana do Livramento para reabastecer, onde foi interceptado.
Na ocasião, foi morto a tiros o piloto Alcides Cunha Costa, que tentou fugir arremetendo o avião contra o monomotor da Polícia Federal que estava bloqueando a pista e ferindo o co-piloto. Em Taquarembó, a polícia uruguaia conseguiu recuperar no campo 112 quilos da maconha jogada do avião.
De acordo com o Serviço de Comunicação Social, da Polícia Federal em Porto Alegre, com as informações dadas pelos presos envolvidos com o tráfico na fronteira, será possível identificar mais de um grupo de traficantes no estado. Hoje o responsável pela Delegacia de Entorpecentes, delegado Rafael Francisco França, viajou para Santana do Livramento para dar andamento às investigações e onde a Polícia Federal procura mais um traficante gaúcho, apontado pelos presos uruguaios como líder do tráfico na fronteira.