PF deve tomar depoimento de três assessores da campanha de Lula

A Polícia Federal em Cuiabá pretende tomar o depoimento do assessor de risco e mídia da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à reeleição,  Jorge Lorenzetti, do ex-secretário do Ministério do Trabalho e responsável pelo capítulo de Trabalho e Emprego do programa de governo da candidatura à reeleição de Lula, Oswaldo Bargas.

A terceira pessoa, de nome Expedito, seria um funcionário do Banco do Brasil que presta serviço para a campanha de Lula e também teria participação no esquema. Os três devem ser intimados ainda hoje.

Lorenzetti, que pediu ontem o desligamento formal da campanha, era chefe imediato de Gedimar Passos, um dos acusados de venda de documentos que comprovariam a participação de políticos no esquema de venda superfaturada de ambulâncias.

Oswaldo Bargas teria participado de negociação com a revista Época para a venda dos documentos. Tanto Bargas quanto Lorenzetti teriam checado o interesse da revista em produzir matérias com base em documentos de denúncias contra políticos.

Na semana passada, a PF prendeu o ex-agente da Polícia Gedimar Pereira Passos e o filiado ao Partido dos Trabalhadores Valdebran Padilha, acusados de tentar comprar os documentos. A PF também prendeu Luiz Antonio Vedoin e seu tio Paulo Roberto Trevisan, acusados de tentar vender o material.

Gedimar e Valdebran prestaram depoimento ontem. Gedimar se recusou a prestar informações, disse que só falaria em juízo e acabou indiciado pelo delegado Diógenes Curado, responsável pelas investigações, por ocultação de prova e supressão de documentos.

Tanto ele quanto Valdebran e Paulo Trevisan foram soltos na noite de ontem depois que a Justiça negou pedido de prorrogação de prisão feito pelo procurador da República Mário Lúcio Avelar. Por estar sob prisão preventiva, Luiz Antonio Vedoin continua detido em Cuiabá.

Os documentos apreendidos pela PF e que seriam negociados foram imagens de vídeo, uma agenda e fotografias que poderiam envolver políticos no esquema de compra superfaturada de ambulâncias com recursos provenientes de emendas ao Orçamento, investigado pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Sanguessugas.

As imagens do dossiê mostravam uma solenidade de entrega de 40 ambulâncias em que apareceriam o atual candidato ao governo do estado de São Paulo, José Serra (PSDB-SP), os deputados Lino Rossi (PP-MT) e Pedro Henry (PP-MT), o ex-governador de Mato Grosso, Dante de Oliveira – morto este ano, e o candidato ao governo de Mato Grosso, Antero Paes de Barros (PSDB-MT).

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