Brasília – A Polícia Federal deve ouvir, nos próximos dias, os controladores de vôo e supervisores que trabalhavam nas torres de comando aéreo de Brasília, Manaus e São José dos Campos (SP) no dia 29 de setembro, no momento da queda do Boeing da Gol que se chocou no ar com um jato Legacy. No acidente, morreram 154 pessoas.
Nesta terça-feira (17), o Comando da Aeronáutica passou à Polícia Federal a lista dos controladores e supervisores que estavam de serviço no dia do acidente, marcando o início do trabalho conjunto entre os dois órgãos.
"O trabalho vai ser realizado em perfeita sintonia. Em nenhum momento, a Aeronáutica demorou a passar dados ou provocou embaraços", afirmou o delegado da Polícia Federal Renato Sayão, referindo-se a notícias sobre supostas dificuldades de relacionamento entre as duas instituições na investigação das causas do acidente.
Sayão esteve nesta tarde com o diretor do Departamento de Controle do Espaço Aéreo, tenente-brigadeiro Paulo Roberto Cardoso Vilarinho.
O delegado também negou quea Polícia Federal tenha recebido relatório ou dados de uma suposta degravação sobre o vôo 1907, como foi publicado hoje pela imprensa.
Ele informou que, na quinta-feira (19), técnicos da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) vão se reunir com os investigadores do acidente para explicar como é o funcionamento do avião Legacy. A Polícia Federal quer saber se houve falha mecânica ou se o transponder (equipamento de comunicação do avião com as torres de controle) foi desligado manualmente pelo piloto.
O delegado não divulgou o local da reunião, que deverá ser reservada.