A Polícia Federal deu início na manhã desta sexta-feira, na Paraíba e em Pernambuco, a Operação 274, com o objetivo de desmontar um cartel de gasolina montado em João Pessoa, que mantinha o preço de R$ 2,74 (motivo do nome da operação) na maioria dos postos de combustível da cidade. Foram expedidos 16 mandados de prisão e 32 de busca e apreensão, que foram cumpridos por 183 policiais federais dos Estados de Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte.
A PF já prendeu 15 pessoas, entre elas, o empresário Marcelo Tavares de Mello, presidente do grupo Tavares de Mello e dono da rede Liberdade de postos de gasolina. O outro acusado, que estava em viagem, já avisou à PF, através de seu advogado, que se entregará ainda hoje. Marcelo Tavares de Mello é apontado pela PF como o chefe da quadrilha. A rede de postos de sua propriedade arrendou, em setembro de 2006, 12 postos em João Pessoa. Posteriormente, o grupo assumiu o controle de 32 de 95 postos na Capital paraibana.
O presidente da associação que reúne proprietários de revendedores combustíveis (Aspetro), Sérgio Tadeu Costa Barbosa, também já está preso. Segundo a polícia, era ele quem ameaçava os donos de postos a alinhar o preço da gasolina comum em João Pessoa no valor de R$ 2,74. Uma das estratégias do grupo era baixar de forma predatória o valor da gasolina para tentar quebrar os estabelecimentos que não alinhavam os preços.
