Está concluída a primeira parte da investigação da Polícia Federal sobre o
suposto esquema de corrupção na Empresa de Telégrafos e Correios (ECT). A PF
concluiu que a fita em que o ex-funcionário da empresa Maurício Marinho recebe
R$ 3 mil em propina foi feita a pedido do empresário Arthur Washeck, que se
sentia prejudicado por supostas concorrências fraudulentas e resolveu
denunciá-las.
Para a polícia, o objetivo do empresário era de fato
mostrar à direção dos Correios as irregularidades e provocar a demissão de
Maurício Marinho. Agora, a polícia começa a investigar se há de fato corrupção
na estatal.
A Controladoria Geral da União (CGU) já está analisando 600
contratos feitos nos últimos dois anos pelos Correios. A análise termina no dia
20 de julho. Entre os contratos em análise, estão o da empresa NovaData e
Skymaster, citadas ontem (14), pelo deputado federal Roberto Jefferson
(PTB-RJ).
O depoimento de José Fortuna Neves, que estava marcado para a
tarde de hoje, foi adiado para amanhã, às 8h30. Fortuna foi citado por Jefferson
como um dos envolvidos no esquema de gravação dos Correios.