O binômio formado pelo solavanco do mercado acionário chinês hoje e o dado fraco de encomendas de bens duráveis de janeiro nos EUA gera vendas de contratos futuros de petróleo. No pregão eletrônico da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), às 11h22, o contrato para abril cedia 1,58%, a US$ 60,42 por barril, removendo para segundo plano outros fatores que potencialmente gerariam compras de petróleo, como o Irã, o atentado no Afeganistão e a divulgação, amanhã, de estoques do produto nos EUA.

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O índice Xangai Composto da Bolsa da China caiu 8,8% hoje, o que correspondeu ao maior declínio do índice em 10 anos. O recuo do mercado acionário pode ampliar a probabilidade de a demanda de petróleo do segundo maior país consumidor do globo sofrer uma queda.

Sinais de esfriamento do maior consumidor de petróleo também desestimulavam compras de futuros de petróleo. As encomendas de bens duráveis em janeiro nos EUA apresentaram queda de 7,8%, para US$ 203,90 bilhões, um declínio bem mais profundo do que o esperado pelos analistas.

Esses fatores ofuscavam as tensões geopolíticas e os ajustes associados à divulgação, amanhã, dos relatórios de estoques de petróleo e derivados nos EUA na semana passada. Pelo menos 19 pessoas morreram e 11 fiaram feridas em um ataque suicida à principal base militar dos EUA no Afeganistão, durante a visita do vice-presidente dos EUA, Dick Cheney, ao local. Militares norte-americanos e afegãos afirmaram que o vice-presidente não foi ferido.

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O ministro de Relações Exteriores do Irã, Manouchehr Mottaki, afirmou, hoje, que seu país nunca suspenderá, novamente, o enriquecimento de urânio. A interrupção foi imposta como precondição pelos EUA para negociarem com o governo de Teerã.