Nove empresas petroleiras, incluindo a Petrobras, se habilitaram junto à estatal boliviana Yacimientos Petrolíferos Fiscales de Bolívia (YPFB) a fornecer gás natural para a Argentina durante os próximos 20 anos. As propostas das companhias foram abertas ontem em Santa Cruz de la Sierra e serão analisadas pela direção da YPFB.

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Segundo a estatal boliviana, o volume ofertado ficou abaixo do contratado pela Argentina e, por isso, haverá nova concorrência no futuro.

O contrato assinado com a estatal argentina Enarsa prevê a entrega de até 27,7 milhões de metros cúbicos por dia até 2026, em uma curva de abastecimento que cresce ano a ano. Mas, segundo a YPFB, o volume proposto pelas companhias atinge 25,82 milhões de m³ por dia em 2011. Depois, declina até 1,63 milhões de m³ em 2026. A direção da YPFB espera que, a partir de novas descobertas e do desenvolvimento dos campos existentes, as empresas possam oferecer novos volumes.

Além da Petrobras, houve propostas das empresas Don Won, Canadian Energy, Pluspetrol, Vintage, Chaco, Total, Repsol e BG. Três companhias que têm operações no país vizinho – Andina, Matpetrol e Petrobras Energia, subsidiária argentina da estatal brasileira – não apresentaram propostas, alegando não ter reservas disponíveis.

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?Este é um dos primeiros feitos concretos dos novos contratos de operação negociados com as empresas e firmados em outubro do ano passado?, disse o presidente da YPFB, Juan Carlos Ortiz, segundo a agência oficial de notícias ABI. Para as empresas, os novos contratos restabeleceram condições para o retorno dos investimentos, suspensos desde o anúncio da nacionalização do setor de petróleo e gás, em maio de 2006.

Ortiz confirmou que o cumprimento do contrato com a Argentina vai requerer aportes no desenvolvimento de novos projetos, pois toda a capacidade atual de produção do país está comprometida com o mercado interno e exportações ao Brasil – cujo contrato, de 30 milhões de m³ por dia, vence em 2019.

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Venezuela

O presidente da YPFB afirmou que a PetroAndina, parceria entre a estatal boliviana e a venezuelana PDVSA, vai investir US$ 1,170 bilhão nos próximos anos. A empresa foi criada no dia 10 e atuará na exploração e produção de petróleo nos departamentos de Chuquisaca e Tarija e em projetos de industrialização do gás produzido no país.

Segundo Ortiz, US$ 1 bilhão será destinado à busca por reservas de petróleo e gás – e produção das jazidas, em caso de descobertas – em quatro áreas. O restante será gasto em duas unidades de separação de frações líquidas de gás na Bolívia. As informações são de O Estado de S.Paulo.