O presidente da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Haroldo Lima disse hoje acreditar que a Petrobras precisará elevar o preço interno do gás, após o fechamento de um acordo sobre o preço do gás boliviano.
"(O aumento) Deve ser em função dos acordos feitos para a compra do produto. Penso que a Petrobras, provavelmente, ao aumentar o preço pago pelo produto da Bolívia, vai fazer um reajuste interno", disse Lima, ressaltando, no entanto, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já determinou que os reajustes internos não devem ser substanciais. "Ele insiste que não haja aumentos substanciais", disse Lima.
De acordo com Lima, a negociação com a Bolívia está sendo encaminhada de forma positiva para os dois países e, até agora, as sinalizações do governo Evo Morales tem sido positivas. "Há sinalizações avançadas no terreno de um acordo que leve em conta os interesses bilaterais.
O presidente da ANP ainda informou que agência espera, até o fim do ano, a apresentação do Plangás da Petrobras, que prevê a auto-suficiência brasileira na produção de gás até 2008. O número da Petrobras, entretanto, diverge das estimativas da ANP, que só vê a possibilidade de chegada à auto-suficiência entre 2001 e 2015. "Mas é tudo baseado em expectativas. É preciso esperar o plano da Petrobras, que será mais detalhado", afirmou.
Mesmo que o Brasil tenha capacidade de produzir todo o gás necessário para o consumo interno, Lima acredita que o País não deverá descontinuar o fornecimento do gás boliviano.