O diretor de Gás e Energia da Petrobras, Ildo Sauer, reiterou hoje que a empresa não está disposta a aceitar aumentos no preço do gás natural boliviano, apesar de ter concordado com a ampliação do prazo de negociações em mais 60 dias. "Achamos que o contrato está equilibrado. Quando começamos a importar, em 1999, o gás custava US$ 1 por milhão de BTU (unidade térmica britânica) e já remunerava o investimento. Agora, custando US$ 4 continua remunerando", afirmou.
Segundo ele, porém, a Petrobras vai continuar ouvindo os argumentos bolivianos. Sauer evitou comentar declarações recentes do governo daquele país, que ameaça ir à arbitragem internacional caso a estatal brasileira não colabore. "Respeito as declarações deles, mas não negociamos pela imprensa", afirmou.
De acordo com Sauer, os bolivianos ainda não apresentaram uma proposta para aumento de preço. "A novidade com relação à Bolívia e que não há novidade", desconversou, em entrevista após participar do 11º Congresso Brasileiro de Energia, no Rio.