Rio – A Petrobras reafirmou hoje (13) a sua posição de não conceder reajuste fora do contrato para o gás que importa diariamente da Bolívia. Em nota oficial, a empresa informa ter exposto aos negociadores bolivianos que os preços da YPFB (a estatal local do petróleo) vêm sendo reajustados continuamente e, por isso, acompanharam as variações do mercado internacional.

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"Portanto, não há necessidade de revisão do procedimento de cálculo desses reajustes, por não ter havido alteração superveniente que comprometa as bases acordadas e que possa prejudicar a YPFB?, afirma a nota da Petrobras.

A posição da empresa brasileira foi apresentada em reunião na cidade boliviana de Santa Cruz de la Sierra, e é uma resposta ao pleito formalizado pela YPFB, para revisão da cláusula de preços do contrato de compra e venda de gás.

A rodada de Santa Cruz de la Sierra deu seqüência ao cronograma de reuniões definido com a YPFB e foi encerrada com o compromisso de ambas as partes promoverem discussões internas, a fim de retomarem as negociações no Rio de Janeiro, a partir do dia 24, quando a estatal boliviana apresentará sua posição em relação à argumentação da Petrobras.

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O impasse sobre o preço do gás que o Brasil importa da Bolívia surgiu com o decreto do presidente Evo Morales que, no dia 1º de maio, nacionalizou as reservas de hidrocarbonetos e os ativos das petrolíferas que atuam no país.

Atualmente, a Petrobras compra cerca de 24 milhoes de metros cúbicos de gás natural boliviano por dia ? aproximadamente 50% do consumo nacional do produto.

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