O Presidente da Petrobrás, José Eduardo Dutra, recebe oficialmente na próxima sexta-feira (3), no Porto do Rio de Janeiro, a plataforma de tratamento de petróleo P-47, uma antiga parte da P-36, que era a maior plataforma semi-submersível do mundo e afundou em 2001.
A P-47 ficará baseada no Campo de Marlim, na Bacia de Campos. Ali, deverá realizar o tratamento de 150 mil barris/dia de óleo. A produção de Marlim é hoje de cerca de 500 mil barris diários. Segundo a Petrobras, o processo de tratamento consiste em melhorar a qualidade do óleo extraído, purificando-o.
A P-47 é resultado da conversão do antigo navio aliviador da plataforma P-36. Ela foi convertida numa unidade de tratamento, estocagem e armazenamento de óleo para a Petrobrás pela empresa Ultratec, de São Paulo. O gerente de Engenharia da Petrobrás, Paulo Martins, explica que o tratamento do óleo pela P-47 vai permitir que ele ganhe qualidade para ser exportado.
Martins lembra que esse ganho de qualidade eleva o valor de comercialização desse produto. "Isso é bom tanto para a Petrobrás como para a venda externa (do país)", explica. O tratamento prévio do óleo na plataforma, com a eliminação das impurezas, facilita o trabalho de craqueamento nas refinarias (a divisão do petróleo em seus diversos derivados, como gasolina ou diesel, por exemplo).
O trabalho de conversão da unidade levou 29 meses e teve custo estimado de US$ 83 milhões. Em atendimento à prioridade estabelecida pela Petrobrás e pelo governo federal, o conteúdo nacional na operação atingiu em torno de 70%, revelou Paulo Martins. A P-47 tem capacidade de estocar 1,7 milhão de barris de óleo.