Petrobras quer pelo menos US$ 120 milhões da Bolívia

A proposta da Petrobras para venda integral das ações das duas refinarias na Bolívia deve ficar entre US$ 120 milhões e US$ 160 milhões, confirmou uma fonte da empresa. O presidente da estatal José Sérgio Gabrielli, ao anunciar ontem em Brasília que estava fazendo a proposta ao governo boliviano, não chegou a revelar o valor. A diferença relativamente grande entre as cifras é proposital. "A idéia é ter uma margem para negociação", informou a fonte.

O valor é bem inferior ao original, que, segundo informações de mercado, girava em torno dos US$ 200 milhões. Mesmo assim, situa-se entre o dobro e o triplo do que a Bolívia anunciou estar disposta a pagar. O tempo exíguo estabelecido pela estatal brasileira para uma resposta – apenas dois dias – é um sinal de que a empresa já não conta com nenhum avanço nas negociações com os bolivianos. "O valor apresentado pela Petrobras foi um número hipotético, que considerava os investimentos feitos na modernização da refinaria e calculava 100% sobre o total de US$ 100 milhões pago por ambas", explicou a fonte ouvida pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Segundo dois especialistas de mercado também consultados, o preço, mesmo inferior à proposta inicial, está dentro do considerado como "justo" para a venda das refinarias. "É claro que os US$ 200 milhões trariam melhor remuneração, mas, diante da atual situação, repassar o controle dessas unidades é hoje mais vantajoso para a Petrobras", disse Marco Aurélio Tavares, da consultoria Gas Energy.

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